terça-feira, 12 de julho de 2011

   ''Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risadas do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.Tenho um sorriso confiante que às vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto da rotina. Amo de verdade aqueles a quem eu digo isso, e irrito-me de forma inexplicável quando não acreditam nas minhas palavras. Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo. São poucas as pessoas para quem explico. Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo. Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir as minhas mãos. Já expulsei pessoas que amava da minha vida, já me arrependi por isso. Já passei noites a chorar até ter sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos. Já acreditei em amores perfeitos. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram. Já passei horas na frente do espelho a tentar descobrir quem sou, já tive tantas certezas de mim, ao ponto de querer fugir. Já menti e arrependi-me depois, já disse a verdade e também me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta, no meu canto. Já sorri a chorar lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir. Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já senti ansiedade do futuro e, mais tarde, senti saudades do passado. Já tive crises de riso quando não podia. Já parti pratos, copos e vasos, de raiva, partilhando essa fúria comigo mesma. Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. Já gritei quando devia me calar, já me calei quando deveria gritar. Muitas vezes deixei de dizer o que penso para agradar a uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros. Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros. Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz. Já inventei histórias com final feliz para dar esperanças a quem precisava. Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade. Já tive medo do escuro, hoje no escuro "acho-me, sento-me e fico ali". Já caí inúmeras vezes a achar que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não caíria mais. Já liguei para quem não queria, apenas para ligar para quem realmente queria. Já chamei pela minha mãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. Algumas pessoas nunca precisei de chamar e sempre foram e serão especiais para mim. Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não sou perfeita! Não me mostres o que esperam de mim, porque não vou seguir. Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei o mesmo para sempre. Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais malucas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Podes até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? Eu adoro voar, de sonhar o sonho impossível! ''

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